sábado, 14 de maio de 2011

Ela tá em todas!

Fabíula Nascimento é mesmo um fenômeno. A curitibana, de 32 anos, é uma das mais gratas revelações do cinema nacional da década. Em 2011, ela está vivendo um momento especial na carreira: até o fim do ano vai estar em cartaz em cinco filmes. Nessa entrevista que fiz com ela, publicada no Jornal Metro do dia 5 de maio, por ocasião do lançamento de “Não se pode viver sem amor”, do diretor Jorge Durán, em que ela interpreta a bailarina Gilda, ela fala sobre seus personagens, o sucesso dos filmes e planos para o futuro. Até gostaria que ela falasse um pouco de sua vida pessoal, do término do casamento com o também ator Alexandre Nero, mas ela, de uma forma muito simpática até, preferiu não falar sobre o assunto. Sem problemas.

Até o fim de 2011 você vai ter estrelado cinco filmes, “Bruna Surfistinha”, “Amor?”, “Não se pode viver sem amor”, “Dores de Amores” e “Cilada.com”. Como é a sua relação com o cinema?

Isso é engraçado, porque no meio do cinema, principalmento o feito no Brasil, a dificuldade para lançar um filme é enorme. E, muitas vezes, um diretor demora três, quatro anos para lançar. É isso o que está acontecendo agora. Fiz todos esses filmes em momentos diferentes, de 2008 para cá, mas todos estão sendo lançados ao mesmo tempo, então as pessoas acham que filmei todos ao mesmo tempo, mas não foi assim.
Quanto a minha relação com o cinema, acho que ela é especial. Comecei no teatro, em Curitiba. Só em 2008, fiz meu primeiro filme, “Estômago”. A partir daí me apaixonei pelo processo, pelo resultado, pelo dia a dia. Fazer cinema é uma delícia.

Esse ano você ainda volta aos palcos e à TV?

Estou terminando uma temporada no teatro com o Marcius Melhem e, até o final do ano, não sei se vou ter tempo para entrar em cartaz de novo. Mas vou voltar à Tv com dois seriados que já fazia ano passado: o “Junto e Misturado” e o “Força Tarefa”, na Globo.  

Como você encara o reconhecimento do público, depois de tantos trabalhos bem sucedidos?

Acho que o reconhecimento vem mais do meio artístico. O cinema, principalmente, vem abrindo várias portas poara mim. Estou sendo chamada para fazer vários outros filmes. Minha relação com o público é engraçada: muitas vezes eles não sabem meu nome, mas sabem que eu existo.

Seu primeiro papel de grande porte foi em “Estômago”, em que você interpretava uma prostituta. Depois você ainda interpretou a Janine em “Bruna Surfistinha” e, agora, você está na pele da Gilda, uma outra prostituta, em “Não se pode viver sem amor”. Como é fazer esse tipo de papel?

Os três foram papéis bastante diferentes um dos outro. A Íria, de “Estômago”, é mais lúdica, o (diretor) Marcos Jorge tinha a intenção de fazer uma fábula gastronômica e a personagem tinha que ser cômica e ao mesmo tempo, rechonchuda e leve. Já a Janine, de “Bruna”, é mais “vida real” sabe. É um tipo bem mais próximo da realidade do que as outras duas. E a Gilda, do (Jorge) Durán, é mais lírica, tanto que, no filme, não mencionamos a palavra prostituta, ela é mais uma dançarina.

Você acredita no amor como sentido da vida, como passa a mensagem do filme do Jorge Durán?

Acredito, acima de tudo, no amor. Não só no amor carnal, homem-mulher. Pode ser por algo, alguém. O amor, como um todo, dá uma motivação para a vida. Uma vntade de viver. O filme reflete muito bem essa opinião. 

Até o fim de 2011, Fabíula vai estrelar cinco produções

Você começou a chamar atenção, no início da carreira, por papeis cômicos. Agora estamos começando a ver personagens suas em situações dramáticas. Existe alguma diferença na preparação? Como você encara essa dicotomia?

Com certeza, existe uma diferença em como vou representar o papel. Mas eu não me vejo como uma atriz cômica ou dramática. Me divirto representando, é isso que sinto prazer em fazer, desde que fazia teatro, em Curitiba. Não tenho preconceitos e ainda pretendo explorar outras vertentes.

Uma curiosidade: é verdade que, em Curitiba, sua cidade natal, você era cabeleireira? Como se deu a transição para o teatro e daí para o cinema?

Minha família sempre teve comércio em Curitiba. Antes de terminar a escola, fiz curso técnico de cabeleireira, junto com a minha mãe, e abrimos um salão. Ele durou dois anos, até 2006, quando comecei os testes para “Estômago”. Mas até hoje, quando dá vontade, corto meu cabelo.
Comecei no teatro com uma peça infantil, Cinderela. Eu fazia um dos ratinhos, esse foi o primeiro papel da minha carreira. Depois, continuei no teatro infantil, até que o Marcos Jorge me viu atuando e chamou para fazer testes para “Estômago”. Acabou que, graças ao meu jeito de dançar, fui escolhida para o papel.

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